7.3.08

Problemas Sociais



O excessivo crescimento da população nas áreas urbanas não permite ajustar as infra-estruturas às necessidades da população. Desta incapacidade resultam problemas urbanísticos, ambientais e sobretudo sociais, que afectam as condições de vida urbana: envelhecimento, solidão, desemprego, pobreza, indiferença.

O facto de as novas gerações procurarem, geralmente, habitação nas áreas suburbanas, por ter um custo inferior ao das habitações no CBD ( Central Business District), conduz a uma série de situações que prejudicam gravemente a saúde da população. Vão aparecendo cada vez mais doenças a nível de fadiga e irritação, bem como preocupações excessivas, muitas vezes causadas pelas eternas filas de trânsito.

Outro problema existente nas cidades é o desemprego prolongado, o que prejudica, mais uma vez, a qualidade de vida da população urbana, visto que as famílias dependem totalmente dos salários. Para além dos problemas financeiros, o desemprego conduz a uma diminuição do contacto social, o que provoca situações de frustração, depressão, aumento da pobreza e sobretudo da exclusão social.

A pobreza é também um problema urbano que afecta, essencialmente, os idosos com baixas reformas e os empregados mal remunerados. Outra questão relacionada com o desemprego, com a pobreza e, sobretudo, com o abandono familiar, é o aumento do número dos sem-abrigo, os quais vivem em situação de ruptura com o sistema social. Estas desigualdades propiciam a criminalidade e, com ela, a insegurança dos cidadãos que, por medo, deixam de usufruir de espaços como jardins públicos e parques infantis.

Concluindo e reflectindo sobre este tema tão preocupante, penso que o maior e mais grave problema social é a nossa indiferença face a este tipo de questões: todos os dias passamos por centenas de pessoas que estão nestas condições de depressão, ou de desemprego, ou até mesmo de pobreza, e não damos o nosso coração e a nossa mão para ajudar, isto sim, é um grande problema que afecta a nossa sociedade e que tem de ser combatido por mim e por ti.

Imagem: "Não deixe que a pobreza se transforme em paisagem" www.istoincluime.org

6 comentários:

Anónimo disse...

Gostei :)
Muitos dos problemas que aí descreves são, infelizmente, problemas que se alastram além-cidades. Existem ao longo do território e nada parece resultar como solução. Também porque, provavelmente, quem poderia fazer alguma coisa para os resolver não se interessa minimamente. Não precisa, nunca viveu assim. Mas não entremos por políticas. :)
Focas problemas que precisam de resolução urgente. Mas que não está alcançada agora, nem sei se alguma vez estará.
Um beijinho.

Rafaela disse...

E é esse o grande problema Sofia... É que ao não estarem agora ao alcançe de todos nós mais tarde não vão estar ao alcançe de nninguém, até mesmo daqueles que agora podiam fazer alguma coisa...
É assim o país em que vivemos!
Um beijinho para ti!

helena disse...

Rafaela

O texto ficou bom e o postal está muito adequado!

Agora aproveitando o sentido das palavras da Sofia e das tuas, é urgente que politicamente se tomem medidas que intervenham no território, espaço físico e social, e que a indiferença não tome conta de nós.
Precisam de acreditar em vós como cidadãs poderosas!
Força meninas!

helena

Soledade disse...

Uma reflexão muito pertinente, Rafaela! Muito bem.

Rafaela disse...

Só para agradecer às storas Helena e Soledade. Stora Helena eu como cidadã do mundo preocupo-me mas sozinha não posso fazer nada contra o nível de pobreza já existente no nosso planeta. Mas sim eu preocupo-me porque afinal a cada dia que passa podemos estar a destruir a nossa vida e sobretudo a nossa sociedade. Abraços para todos e o resto de uma boa semana.

Valter disse...

Olá Rafaela!

Aqui está um texto bem redigido e bem pensado. Os problemas urbanísticos dos dias de hoje estão bem presentes neste texto! Gosto de vos ver de olhos abertos perante o mundo que vos rodeia, em estado de alerta!

Bom fim de semana